Em sua 17ª Libertadores, Táchira traça o objetivo: passar de fase

Por Felipe Bolguese / Enviado especial a San Cristóbal del Diario Lance de Brasil


Clube mais popular da Venezuela, o Deportivo Táchira (VEN) vai para a sua décima sétima participação - a quarta consecutiva - na Copa Santander Libertadores. O "Carrosel Aurinegro", fundado em 1974, reconhece as limitações e a dificuldade do Grupo 6, que ainda conta com Corinthians, Cruz Azul (MEX) e Nacional (PAR).
O lateral-direito e capitão Gerzon Chacón admite que, se a equipe venezuela avançar às oitavas de final, já será um grande feito. Desde o meio do ano passado, a equipe não consegue convencer. Apesar de ser o atual campeão nacional, terminou o Torneo Apertura em 14º, de um total de 18 participantes. De 2011 para cá, foram quatro treinadores: Jorge Luis Pinto, José de Jesus Vera, Manolo Contreras e o atual, Jaime De La Pava. 
- Ultimamente estamos disputando a Libertadores, mas a meta é melhorar e conseguir avançar de fase. Tivemos um resultado importante contra o Santos (0 a 0 no Pueblo Nuevo), que foi campeão, mas depois não conseguimos nos classificar. No passado, a equipe estava brigando, chegou a ficar muito perto de conseguir avançar para a fase de grupos, ficamos muito perto, sempre falta esse passo, esse pouco. Queremos usar a experiência que vamos acumulando para conseguir - afirmou Chacón.
No ano passado, o Táchira foi o último colocado no grupo que tinha Santos, Colo-Colo (CHI) e Cerro Porteño (PAR). Em 2010, caiu na primeira fase, após ser eliminado pelo Libertad (PAR). Em 2009, ficou em terceiro no grupo que tinha Boca Juniors (ARG), Deportivo Cuenca (EQU) e Guaraní (PAR). Foi neste ano que o clube conseguiu um feito, obtendo a primeira vitória fora de casa na Libertadores, diante do Guaraní.
A melhor participação do Táchira na competição sul-americana foi em 2004, quando chegou às quartas de final. Na ocasião, eliminou o Nacional (URU) nas oitavas, mas caiu para o São Paulo, após derrotas por 3 a 1 no Morumbi e 4 a 1 em casa.
O treinador Jaime De La Pava, ex-América de Cali (COL), reconhece as dificuldades e não poupa o Corinthians, adversário do duelo desta quarta, às 22h de Brasília, no Estádio Polideportivo Pueblo Nuevo.
- A medida que os anos passam a Libertadores se torna um torneio mais disputado. O Corinthians tem uma equipe muito compacta, estava há quase dois anos trabalhando com o mesmo treinador, estão bem sincronizados, sabem os conceitos e tem jogadores de grande qualidade. Tem bons laterais, que atacam e defendem os 90 minutos, os meias têm uma ótima visão de jogo e os defensores são altos, fortes e possue uma grande qualidade para marcar - analisou o treinador da equipe venezuelana.